Pedro Eiras

Pedro Eiras nasceu no Porto em 1975. Desde 2001, publicou obras de ficção (BachCartas Reencontradas de Fernando PessoaA Cura), teatro (Um Forte Cheiro a MaçãUma Carta a CassandraUm Punhado de TerraBela Dona), ensaio (Esquecer FaustoTentaçõesOs Ícones de AndreiConstelaçõesPlatão no Rolls-Royce). Publicou vários livros em França, na Roménia, no Brasil. As suas peças de teatro foram encenadas e lidas em dez países. É Professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Ph: André Rolo

Escritor, dramaturgo, poeta e pesquisador, Portugal

MAIS SOBRE O ARTISTA: As suas peças têm sido encenadas, lidas, e apresentadas em Portugal, Bélgica, Brasil, Bulgária, Cabo Verde, Espanha, França, Grécia, Eslováquia, Roménia.

Destaque para a encenação de Une Lettre à Cassandre (Uma Carta a Cassandra) por David Strosberg, no Théâtre Les Tanneurs, Bélgica, em 2013, para a encenação de ПИСМО ДО КАСАНДРА (Uma Carta a Cassandra) por Ivan Urumov, no Teatro «Exército da Bulgária», Sófia, em 2016, e para a encenação de Um Forte Cheiro a Maçã por Pedro Giestas e Tiago Fernandes, com produção Companhia de Actores, no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, Lisboa, em 2018.

A peça Um Forte Cheiro a Maçã foi traduzida para francês, editada por Les Solitaires Intempestifs e difundida pela rádio France Culture (2005). Uma Carta a Cassandra foi traduzida para romeno, editada no volume Teatru Portughez Contemporan e lida em Brasov (2007).

No Brasil, publicou Um Forte Cheiro a Maçã seguido de Uma Carta a Cassandra (Oficina Raquel, 2008) e Os Três Desejos de Octávio C. (Oficina Raquel, 2012).

Livro de estreia de Pedro Eiras na poesia e primeiro volume de um tríptico que muito literalmente visita a obra de Dante Alighieri, em Inferno podemos encontrar uma escatologia dos tempos modernos, uma visita às almas danadas de hoje através de um prisma eminentemente sociológico que reflecte e nos faz reflectir intensamente sobre a sociedade contemporânea, sem nunca perder de vista a empatia com o outro, “pois não merece dor na morte quem já carregou / toda a vida o inferno no sangue”.


“…É mais que improvável
mas, se depois desta vida houver
um campo de espera, uma alfândega
das culpas,
que estes ao menos sejam poupados,
e os seus nomes não constem no livro
dos castigos, com o mesmo
vazio para todos no fim,
ou, se o nome constar,
que seja zero o saldo
do deve e do haver,
pois não merece dor na morte quem já carregou
toda a vida o inferno no sangue…”
 
Inferno, 2020

OBRAS PUBLICADAS

  • Antes dos Lagartos, teatro, in Dramaturgias Emergentes, vol. 1, Dramat-Cotovia, 2001.[1]
  • Anais de Pena Ventosa, romance, Campo das Letras, 2001.[1]
  • Estiletes, contos, Fundação Ciência e Desenvolvimento, 2001.[1]
  • Passagem, teatro, in Cinco Peças Breves, Campo das Letras, 2002.
  • Um Forte Cheiro a Maçã, teatro, Campo das Letras, 2003.
  • Recitativo dos Livros do Deserto, teatro, Campo das Letras, 2004.
  • Esquecer Fausto, ensaio, Campo das Letras, 2005.
  • As Sombras, teatro, Campo das Letras, 2005.
  • A Moral do Vento. Ensaio sobre o corpo em Gonçalo M. Tavares, Caminho, 2006.
  • A Lenta Volúpia de Cair. Ensaios sobre poesia, Quasi, 2007.
  • Os Três Desejos de Octávio C., ficção, Relógio d’Água, 2008.
  • Arrastar Tinta, catálogo (com Nuno Barros, pintura), Deriva, 2008.
  • Um Punhado de Terra, teatro, Deriva, 2009.
  • Boomerang, crónicas, Pé de Mosca, 2009.
  • Tentações. Ensaio sobre Sade e Raul Brandão, Deriva, 2009.
  • Substâncias Perigosas, crónicas, Livrododia, 2010.
  • Um Certo Pudor Tardio. Ensaio sobre os «poetas sem qualidades», Afrontamento, 2011.
  • Os Ícones de Andrei. Quatro diálogos com Tarkovsky, CIAS, 2012.
  • A Vida Repercutida. Uma leitura da poesia de Gastão Cruz (com Luis Maffei), Esfera do Caos, 2012.
  • Bela Dona e outros monólogos, teatro, Companhia das Ilhas, 2012.
  • A Cura, ficção, QuidNovi, 2013 (2ª ed., Assírio & Alvim, 2017).
  • Constelações. Ensaios comparatistas, Afrontamento, 2013.
  • Como se Faz um Jogo das Comunidades?, Apenas Livros, 2014.
  • Teatro I, Húmus, 2014.
  • Teatro II, Húmus, 2014.
  • Bach, Assírio & Alvim, 2014.
  • Platão no Rolls-Royce. Ensaio sobre literatura e técnica, Afrontamento, 2015.
  • Cartas Reencontradas de Fernando Pessoa a Mário de Sá-Carneiro, Assírio & Alvim, 2016.
  • Alumiação. Ensaio sobre poesia, visão e cegueira (com Susana Paiva, fotografia), Huggly Books, 2016.
  • Constelações 2. Estudos comparatistas, Afrontamento, 2016.
  • […]. Ensaio sobre os mestres, Documenta, 2017
  • O Riso de Momo. Ensaio sobre os ofícios de Pedro Proença, Documenta / Fundação Eugénio de Almeida, 2018
  • Museus, micro-ficções, Companhia das Ilhas, 2019
  • O Mapa do Mundo, romance, Companhia das Ilhas, 2020
  • Inferno, poesia, Assírio & Alvim, 2020

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